
TIC TAC fazia o relógio. Eram quase 6 da tarde; o Palhaço estava trancado em seu quarto, numa noite que pra ele seria como um batizado...um batizado de sangue! Ela já espancara, quebrara ossos de mendigos sem rumo, mas naquele dia, pela primeira vez, ele iria matar! Tudo estava pronto, as facas, cordas, equipamentos de tortura, tudo! Só faltava agora encontrar uma vitima. Ele se fingiu de palhaço comum e aceitou ir “animar” uma festinha de um comerciante conhecido na cidade que o contratara. Seria a chance perfeita, matar crianças! Ele vestiu sua roupa e seguiu, com seu furgão, para se encontrar com seu anjo. O anjo que ele pretendia mandar para o inferno da maneira como mais agradasse sua mente insana.
A festa estava animada, todas as crianças esperavam ansiosas a chegada do palhaço Pluto. Ele entrou como um animador num picadeiro, fazia mágicas, fazia piadas, algumas segundo os pais que eram ligeiramente ácidas demais. Mas todos o adoravam.
“papai eu quero que você convide sempre ele para o meu aniversario” a menina dizia com alegria nos olhos. O pai prometera sempre chamar ele, apesar de não gostar muito de palhaços e sinceramente preferisse que não houvesse outras festas como aquela.
Uma menina estava sentada no fundo do salão, uma prima da aniversariante, meio quietinha e que só estava lá por conta de seu parentesco. O Palhaço a notou e a chamou para o “palco”, como voluntária para uma mágica. A menina foi e ele a fez desaparecer.
Depois do truque, ele se despediu e se foi. Quando lhe perguntaram onde estava a menina, ele disse que logo ela apareceria. O pai também fez a mesma pergunta e o Palhaço disse para procurá-la atrás do salão, onde ele a mandou que ficasse. Foi embora levando uma mala pesada, que segundo ele continha truques de mágica, roupas, e etc.
A menina acordou, estava dentro de uma mala grande a aberta. Em um quarto mal iluminado e visivelmente sujo. O palhaço Pluto estava em um canto, sorrindo maliciosamente, com as mãos atrás de si. “Vamos brincar?” a voz dele saia com um que de insanidade. Ela olhou para os lados e viu que não tinha por onde escapar. Começou a chorar: chamava pela mãe, pelo pai, mas nada. Estavam sozinhos, ela e o Palhaço.
Ele olhou no relógio, meia-noite, estava na hora!
“Não chore menininha, eu vou cuidar de você”, ele se aproximou e começou a acariciar-lhe o rosto, apertando suas bochechas de uma forma que doía. Ele mandou que ela tirasse a roupa. Ela se negou e ele arrancou a blusa à força.
“Agora, vamos brincar de cirurgião”, ele tirou uma navalha do bolso, passando-a próximo aos olhos da menina. Estava louco para arrancar os olhos. Queria ver se faziam PLOC quando saltavam. “Vamos começar operando, a barriga”.
Ele fez um corte raso acima do umbigo, a navalha parecia queimar a pele da menina, que já desistira de chorar e agora soluçava baixinho. Ele fez outro corte mais profundo pouco acima do primeiro, mas agora já não agüentava de excitação, queria arrancar os olhos e ouvir ela gritar. Mas para isso, precisava da ferramenta adequada, um bisturi cirúrgico que tinha guardado faz muito tempo, esperando a hora certa de usá-lo.
“Espere aqui criança, vou buscar outro brinquedinho mais interessante”, e ele saiu, tomando o cuidado de não deixar a navalha para trás. A menina estava sozinha no quarto, viu a gaveta de um armário aberta e resolveu mexer para ver se encontrava alguma coisa que a ajudasse a escapar. Olhou e viu um alicate, que escondeu atrás de si, e esperou o palhaço voltar.
Ele voltou e viu a menina encolhida no canto, estava excitado demais mas mesmo assim quis continuar a cumprir sua cena com o fetiche que ela merecia. Ele se aproximou dela, olhando-a fixamente nos olhos. “Agora eu vou ser oftalmologista, deixe-me ver seu olhos” e ele se aproximava devagar e ameaçadoramente. Quando estava perto o suficiente, a menina bateu forte com o alicate em sua cabeça, ele se distraiu e ela bateu mais duas vezes, até que ele desmaiou.
A menina pegou o bisturi e começou a arranhar o palhaço levemente; batera tão forte que provavelmente nada o acordaria. Ela pegou o bisturi e, não conseguindo se conter de vontade, arrancou os olhos do palhaço, um a um, cortando devagar e curtindo cada jorrada de sangue em seu rosto. Ela fez alguns cortes no peito, pretendendo chegar ao seu coração, mas a caixa torácica não deixava. Desistiu e decidiu arrancar os órgãos genitais deles, e enterrar por vez o bisturi na artéria cerebral. Ela se levantou, o rosto encharcado do sangue que ela passava em si própria, deu uma ultima risada sarcástica e olhou nas cavidades vazias onde antes havia dois olhos de assassino.
“Nunca gostei de palhaços!”